A Sociedade Histórica da Independência de Portugal pediu, esta segunda-feira, ao Governo para "suspender o uso" da sua nova imagem gráfica, introduzida na última semana de novembro, e repor a utilização do modelo anterior.
Em comunicado, a direção daquele organismo, presidido pelo ex-dirigente do CDS José Ribeiro e Castro, alega que a introdução da mudança gráfica, que inaugurou um novo logotipo do Governo, aconteceu numa altura em que o executivo "se encontrava já limitado na plenitude das suas funções" em virtude da demissão do primeiro-ministro no dia 7 de novembro e da convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março.
"Estas decisões relativas à nova "identidade visual" não eram urgentes. E irão comprometer o novo Governo que vier a entrar em funções após as eleições de 10 de Março", argumenta.
A Sociedade Histórica da Independência de Portugal considera, além disso, que a nova "identidade visual" do executivo "quebra a unidade da representação simbólica do Estado, exibindo a imagem de que a República Portuguesa a que pertence o Governo não é a mesma da Presidência da República e da Assembleia da República".
Depois de referir os "diversos comentários críticos", que não mereceram até agora resposta do Governo, a sociedade liderada por Ribeiro e Castro pergunta qual é o ministério responsável pela decisão e "pelo qual correu o processo administrativo", os custos da introdução da nova imagem gráfica e por que motivo alegou o Governo que a nova "identidade visual" é "inclusiva, plural e laica".