A Adega de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez vai lançar um vinho certificado em lata, com Indicação Geográfica Minho e em duas versões, branco e rosé.
O novo produto começou a ser pensado em outubro de 2019 e ao longo de 2020 foram “realizados vários ensaios de enlatamento, com provas sensoriais e análises laboratoriais” para perceber “o comportamento do vinho nesta embalagem”, conta o diretor geral e responsável de enologia da adega.
O vinho em lata, com baixo teor alcoólico, 9,5%, chega ao mercado com um PVP (preço de venda ao público) recomendado de 1,49 euros. Vai ser comercializado sob a marca 80’S e tem a mira apontada ao mercado externo, nomeadamente o Brasil, EUA e Rússia.
“Procuramos escolher um perfil de vinho adequado ao público-alvo, jovens urbanos das gerações millennial e Z, estimulando novas ocasiões de consumo”, acrescenta José Oliveira.
Uma aposta que, segundo o diretor de Marketing, Inovação & ID da cooperativa, Bruno Almeida, se justifica porque “o vinho em lata é hoje um dos segmentos de mercado que mais cresce na indústria do vinho, algumas estimativas apontam para 70% ao ano”.
As latas de vinho, pretendem ser uma celebração aos anos 80, trazendo toda a irreverência e a diversidade musical dessa década para a contemporaneidade, com rótulos em tom de modernidade e juventude, querem exibir-se nos festivais de verão, nos picnics de família e na areia da praia.
“Esta embalagem oferece uma nova forma de se apreciar o vinho, mais conveniente e portátil, atraindo consumidores de outras bebidas”, afirma Bruno Almeida, acrescentando que “os vinhos leves, frescos e aromáticos do Minho são os produtos ideais para ir ao encontro do que o mercado mundial procura nesta nova bebida”.
O 80’S branco e rosé são vinhos leves, devido ao baixo álcool (9,5%) e a embalagem escolhida é uma lata de alumínio, específica para vinhos, que dá “garantias de manter toda a frescura e os aromas expressivos da bebida”.
“Do ponto de vista ambiental, a utilização da lata traz ganhos em comparação com o vidro, quer ao nível da reciclagem quer ao nível do transporte”, assinala a adega, realçando que “a sustentabilidade não é um slogan, mas uma prioridade estratégica”.
No último ano, ao contrário do que se verificou em muitos setores da sociedade, a Adega de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez registou um crescimento de vendas de 20% face a 2019, muito à custa da exportação, que representa já 68% do seu negócio.
Grande parte deste sucesso deve-se a novos negócios, com redes de distribuição na Rússia, Brasil e EUA e, mais recentemente, México, Ucrânia e Cazaquistão.