O ativista de extrema-direita Mário Machado, que foi autorizado pelo tribunal a ir combater para a Ucrânia, não deverá participar nas ações de combate naquele país.
O Diário de Notícias (DN) escreve esta quarta-feira, citando
o adido militar da Embaixada da Ucrânia em França, que “a ausência de
condenação por crimes, comprovada através do registo criminal, é um dos
critérios chave para a aceitação de candidatos na Legião Internacional de
Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia”.
“A pessoa que refere não pode ser aceite”, garante ao jornal o coronel Sergii Malyk.
De acordo com o adido militar, “o nome de Machado será transmitido a todos os serviços”, esclarecendo que a Ucrânia não quer “indivíduos deste género” no país e quer impedir a infiltração de elementos criminosos e não confiáveis na Ucrânia e nas suas Forças Armadas”.
O Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa deferiu o pedido de Mário para “ir para a Ucrânia prestar ajuda humanitária e, se necessário, combater ao lado das tropas ucranianas”.
No período em que estiver naquele país, deixará de estar obrigado de cumprir a medida de coação de apresentações quinzenais numa esquadra.
O assumido neonazi é arguido num processo de incitamento ao ódio racial e violência. Está, também, indiciado pelo crime de posse de arma proibida.
O Ministério Público vai anunciou que vai interpor recurso da decisão que permite a Mário Machado sair do país para combater na Ucrânia.