O Papa Francisco pediu esta quarta-feira orações pela “terra martirizada” da Síria, ao saudar os peregrinos do Médio Oriente presentes na audiência pública semanal, no Vaticano.
“Temos de rezar por estes irmãos que estão em guerra e pelos cristãos perseguidos, que querem expulsar daquela terra. Rezemos por estes irmãos”, pediu aos presentes no auditório Paulo VI, que hoje acolheu o encontro por causa do frio que se faz sentir em Roma.
Francisco tinha saudado os peregrinos e visitantes de língua árabe, em particular os oriundos “da Síria, da Terra Santa e do Médio Oriente”.
No domingo, o Papa apelou a um cessar-fogo na Síria e denunciou o que classificou como conflito “desumano”, em particular com a recente explosão de violência na região de Ghouta Oriental.
“Dirijo um sentido apelo a que cesse imediatamente a violência, que seja dado acesso às ajudas humanitárias – alimentos e medicamentos – e sejam evacuados os feridos e doentes”, disse na janela do apartamento pontifício, no momento da oração do Angelus.
Francisco notou que fevereiro foi “um dos [meses] mais violentos nos sete anos de conflito: centenas, milhares de vítimas civis, crianças, mulheres, idosos; foram atingidos hospitais; as pessoas não têm onde encontrar o que comer”.
“Irmãos e irmãs, tudo isto é desumano”, salientou.
Na segunda-feira, o Presidente da Rússia ordenou a instauração de uma “trégua humanitária” diária em Ghouta Oriental, onde os ataques de artilharia do regime sírio causaram, no mesmo dia, a morte a 17 civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH).
Isto depois de, no sábado, uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas pedir um cessar-fogo “sem demora” para permitir a ajuda humanitária durante um mês.
Desde o início dos ataques, a 18 de fevereiro, morreram pelo menos 521 civis, segundo os números divulgados pelo OSDH.