O Governo vai aprovar uma nova linha de financiamento para as micro e pequenas empresas do turismo, no valor de 30 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o novo secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda.
Trata-se da Linha Consolidar+, que vai ser gerida pelo Turismo de Portugal e destina-se particularmente às empresas que têm dificuldade em gerir a dívida contraída durante a pandemia. O financiamento sem juros pode ajudar a liquidar parte a dívida junto dos bancos, em 2023.
Nuno Fazenda anunciou ainda que antes do fim do ano vai ser concretizada a medida de reforço do programa APOIAR.PT, no valor de 70 milhões de euros e acordada com a Confederação do Turismo, no âmbito do Acordo para a Competitividade e Rendimentos, assinado na Concertação Social.
Nuno Fazenda reafirmou a intenção do governo apoiar as empresas e o setor do turismo, aquele que definiu como “o rosto da recuperação económica e social do país depois das crises, nomeadamente de 2011 e agora, da pandémica.
Porque um dos problemas com que o setor se debate é a falta de mão-de-obra, o Secretário de Estado anunciou igualmente que o Governo vai criar uma Agenda para a Atração e Qualificação de pessoas para o turismo.
A Agenda funciona em torno de cinco eixos: qualificação de recursos humanos, campanha específica para o trabalho no turismo; agilização da emissão de vistos para imigrantes, apoio ás empresas para a contratação estável e valorização das profissões e das remunerações no setor.
Para o secretário de Estado, a assinatura do Acordo na Concertação foi um passo muito importante para o avançar desta Agenda.
Nuno Fazenda sucede no cargo a Rita Marques, que também foi convidada para o Congresso e que tem sido elogiada por todos os intervenientes, nomeadamente pelo trabalho realizado durante a pandemia.
Francisco Calheiros, presidente da CTP, referiu mesmo que estava habituado a conhecer políticos e governantes que prometiam dez medidas sem ás por vezes realizar uma. E no caso da antiga Secretária de Estado, “prometeu uma e concretizou dez”.
Ainda assim, o setor reconhece que Nuno Fazenda tem grande experiência e conhece bem o setor. Gera, por isso, elevadas expetativas.
Com as medidas anunciadas, Nuno Fazenda afirma estar a seguir o lema do congresso deste ano: FAZER.
Presidente da APAVT pede que avancem obras no aeroporto de Lisboa
Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT frisa que depois do reencontro do ano passado – em Aveiro – na fase pós pandemia, agora, urge realizar para que o setor se mantenha na liderança da atividade económica.
O ano de 2022 foi muito bom para o setor, até ultrapassou 2019 (que tinha sido o melhor ano turístico de sempre) mas com uma guerra na Ucrânia, a subida da inflação e a crise energética, “incerteza” é a palavra que muitos usam para se referir a 2023.
Costa Ferreira considera que há perigo e isso prende-se com a falta de decisão relativamente ao novo aeroporto de Lisboa. “Não acreditamos numa decisão em 2023 e portanto, para os próximos anos também não teremos um novo aeroporto.
A alternativa é avançar com as obras no Aeroporto Humberto Delgado, que dependem de autorização do Executivo. Deixou por isso um apelo: “Senhores políticos, deixem que as obras avancem”.
O Congresso da APAVT começou hoje e prolonga-se até sábado. É a quinta vez que se realiza nos Açores, este ano sob o signo da sustentabilidade e o lema “FAZER”. Para fazer jus ao mote, o evento começou com a participação musical de Pedro Abrunhosa e o desafio “Vamos fazer o que ainda não foi feito”.