Os Estados Unidos da América (EUA) foram eleitos esta quinta-feira pela Assembleia-Geral da ONU para um mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos, após uma ausência de quase quatro anos que foi decidida então pelo Presidente Donald Trump.
Na votação, realizada por voto secreto, 18 países eram candidatos aos 18 lugares disponíveis no Conselho, cujas funções terão início a 1 de janeiro do próximo ano.
Os EUA obtiveram um total de 168 votos entre os 193 Estados-membros que compõem a Assembleia-Geral da ONU.
Em fevereiro passado, a nova administração norte-americana, liderada pelo Presidente Joe Biden, anunciou a intenção de se envolver novamente no Conselho de Direitos Humanos da ONU, que o executivo de Donald Trump abandonou, em 2018, acusando-o de hipocrisia.
Em reação à eleição desta quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, congratulou-se com este regresso, afirmando que Washington irá trabalhar "vincadamente para assegurar que o Conselho mantenha as mais elevadas aspirações" e para que "apoie melhor aqueles que lutam contra a injustiça e a tirania em todo o mundo".
"O caminho para a proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais será repleto de desafios. Os Estados Unidos comprometem-se a continuar com esta firme procura, em todas as oportunidades, com todos os países que se juntarem a nós", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana num comunicado enviado às redações.
A Eritreia, acusada por várias organizações não-governamentais (ONG) de cometer violações dos direitos humanos, também foi hoje eleita para o Conselho, com uma votação de 144 votos.
Os restantes países foram todos eleitos para o Conselho de Direitos Humanos com votações superiores a 170 votos, a saber: Benim, Camarões, Gâmbia, Somália, Emirados Árabes Unidos, Índia, Cazaquistão, Malásia, Qatar, Lituânia, Montenegro, Argentina, Honduras, Paraguai, Finlândia e Luxemburgo.