As novas reuniões com sindicatos para rever proposta de aumento salarial não chegam para desmarcar já a greve na função pública agendada para dia 31 de janeiro. É o que garantem os dirigentes sindicais ouvidos pela Renascença.
A ministra da Modernização e da Administração Pública anunciou, no parlamento, esta sexta-feira, que vão ser retomadas as negociações com os sindicatos, tendo em vista uma nova proposta de aumentos salariais.
O secretário-geral da FESAP, José Abraão, reconhece que o sinal é positivo, mas não é o suficiente. “Vamos manter o pré-aviso de greve, exigindo ao maior empregador que é o Estado que haja seriedade na negociação, porque por mais declarações de intenção públicas que se possam fazer não temos outra proposta que não seja 0,3% de aumento”, diz o sindicalista.
Na mesma linha, Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, diz que “o sinal de abertura não é uma coisa má”, mas que não vão deixar cair as propostas que têm.
“Digam o que tem a propor e nessa altura depois falamos”, acrescenta a sindicalista.
Segundo a convocatória a que a agência Lusa teve acesso, a nova ronda para negociar salários deverá acontecer no dia 10 de fevereiro – já depois da greve geral da função pública, agendada para da 31 de janeiro, e quatro dias após a votação final global do Orçamento do Estado pra 2020, que vai decorrer em 6 de fevereiro.