O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, pediu esta terça-feira ao Supremo Tribunal de Justiça que congele as contas bancárias de Juan Guaidó, que aliene os seus bens e que impeça o autoproclamado Presidente interino de abandonar o país.
As medidas cautelares hoje apresentadas por Saab, que não incluem um pedido de detenção, marcam o início de um inquérito preliminar à decisão do presidente da Assembleia Nacional assumir, no passado dia 23 de janeiro, a presidência interina do país, com o apoio dos EUA e de uma série de outros países.
Em conferência de imprensa, o procurador-geral argumentou que, na sequência da decisão de Guaidó, "ocorreram atos violentos, pronunciamentos de governos estrangeiros e o congelamento de ativos da República, o que implicaria crimes graves que atentam contra a ordem constitucional".
Guaidó, que não perdeu tempo a responder, tem imunidade parlamentar, que só pode ser anulada por um tribunal superior do país.
No Twitter, o Presidente interino deixou uma mensagem aos juízes do Supremo face ao pedido da procuradoria.
"A quem está hoje na sede do Supremo Tribunal de Justiça: o regime está na sua etapa final. Isto é imparável e vocês não precisam de se sacrificar com o usurpador e o seu gangue! Pensem em vocês, na vossa carreira, no futuro dos vossos filhos e netos que também são os nossos. A história vai reconhecê-los."