A associação que representa os transportes rodoviários de mercadorias considerou estar "mais expectante", depois de ter apresentado ao Governo um conjunto de propostas e medidas que poderão suavizar o impacto do aumento dos combustíveis nas empresas.
"A Antram sai desta reunião mais expectante do que aquilo que entrou, isto porque a Antram levou ao conhecimento do Governo um conjunto de medidas e propostas que acredita que vão fazer esbater o impacto que o aumento dos combustíveis está a ter nestas empresas", alertou à Lusa o porta-voz da associação, esta terça-feira, depois de se ter encontrado com o ministro da ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
De acordo com André Matias de Almeida, o Governo agendará uma nova reunião "na próxima semana ou seguinte", depois de analisar as propostas apresentadas pela Antram.
"Ainda não há um dia fixo. Sobre as propostas que foram levadas, o Governo ficou de as analisar, de as estudar e de as poder aprofundar. Voltará ao contacto com a Antram para o agendamento dessa reunião", indicou.
Por outro lado, André Matias de Almeida explicou que a associação saiu da reunião apreensiva em relação ao futuro das empresas de transporte, recordando que o preço dos combustíveis "não irá parar".
Sobre as medidas apresentadas ao Governo, o porta-voz da Antram disse que não queria revelar porque "vai trazer ruído", o que, segundo o qual, "é prejudicial ao trabalho do Governo e ao trabalho das instituições".
Entre outros, a Antram propõe uma diferenciação positiva do Imposto Único Circulação (IUC) para viaturas mais amigas do ambiente, para as que tenham zero emissões de e algumas isenções fiscais ou totais para veículos elétricos.
"Queríamos que o Governo de alguma forma acomodasse estas medidas, o que ajudaria também estas empresas a esbater e diminuir o impacto que o preço dos combustíveis tem tido", reiterou.
André Matias de Almeida acrescentou que não ficaria surpreendido se as empresas privadas, por sua iniciativa, "tomassem medidas de protesto mais veementes e musculadas", como paragens e buzinões.
"Não me surpreenderia, porque estas empresas estão no seu limite e isso, de alguma forma, seria uma demonstração do sofrimento que têm tido em silêncio todo este tempo", observou.