O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, lembra que não basta receber os refugiados, é preciso também garantir uma rede de apoio para a educação, trabalho e integração das pessoas.
A ideia foi sublinhada na quarta-feira à noite, num jantar debate na Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
“Nós temos manifestado estes dois sentimentos: em primeiro lugar, de disponibilidade e depois da consciência que isto tem de ser tudo muito interligado e que há questões de não apenas receber, mas de prover. Estas pessoas precisam de casa, têm filhos, precisam de escola, é trabalho… Há um conjunto de factores que têm de ser todos muito interligados”, explica.
A crise dos refugiados tem gerado na sociedade civil uma onda de indignação. Em Portugal, por exemplo, várias iniciativas resultaram na recolha de 50 toneladas de roupa, brinquedos, medicamentos e comida que já começaram a ser distribuídas, na fronteira da Croácia com a Sérvia.
A caravana Aylan Kurdi, o nome da criança síria que deu à costa já morta e cuja imagem chocou o mundo, chegou à Croácia e os três camiões, que partiram de Portugal, já foram descarregados. O material está nas mãos da Cruz Vermelha.