A Altice confirma que foi uma das empresas objeto de buscas pela Polícia Judiciária (PJ), tendo prestado "toda a colaboração que lhe foi solicitada" e estará disponível para todos os esclarecimentos, disse esta quinta-feira à Lusa fonte oficial.
A PJ está a fazer buscas na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a quatro empresas e três residências particulares relacionadas com os contratos com a rede de emergência do Estado SIRESP, revelou o Ministério Público.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da dona da Meo "confirma que [a Altice] foi uma das empresas objeto de buscas pela Polícia Judiciária em cumprimento de mandato do Ministério Público, no âmbito de processo de investigação em curso".
A mesma fonte acrescentou que a Altice Portugal "prestou à Polícia Judiciária toda a colaboração que lhe foi solicitada".
Além disso, "a Altice Portugal esteve e sempre estará disponível para quaisquer outros esclarecimentos”, concluiu a mesma fonte.
De acordo com o comunicado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a investigação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.
As buscas domiciliárias e não domiciliárias decorrem em vários locais e visam "a recolha de prova relacionada com eventuais favorecimentos de indivíduos e/ou entidades particulares, em detrimento do interesse público, através de adjudicação de contratos relacionados com o SIRESP".
Em causa estarão os crimes de tráfico de influência, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e prevaricação.