"O humor não ofende nem humilha, até de Deus podemos rir". A frase é do Papa Francisco e para o comentador da Renascença Henrique Raposo "é uma crítica que sempre fez à sua própria igreja".
"Ele [o Papa] diz muitas vezes que nas missas falta riso, falta humor, falta gargalhada", completa o comentador no seu espaço d' As Três da Manhã.
Uma ideia que o comentador "concorda em absoluto". Henrique Raposo defendeu que "devemos rir até do nosso próprio Deus", recuperando uma ideia deixada por Joana Marques: "quando o sagrado não é intocável, então tudo, tudo, mas mesmo tudo pode ser gozado".
Apesar das críticas ao passado, o comentador sublinha que hoje "é na igreja católica que encontra mais espaço para liberar de expressão, e alguns setores, ditos progressistas, usam o progressismo para tentar fazer uma censura do humor, e isso não está certo".
Henrique Raposo dá o exemplo de alguns sketches do grupo humorístico Gato Fedorento, que diz que hoje "não sairiam o papel", algo que cosidera grave. O comentador dá o exemplo de um sketch acerca do casamento cigano e entre pessoas do mesmo sexo, "que pega numa óbvia homofobia de uma comunidade, que tem que ser gozada como todas as outras, e ao rirmos daquilo conseguimos estabelecer uma conversa sobre aquela comunidade, integrando-a".