Um homem terá morrido no corredor da urgência do Hospital Beatriz Ângelo, de Loures, depois de, alegadamente, ter estado pelo menos seis horas à espera para ser transferido para Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
De acordo com a RTP, que cita os bombeiros de Camarate, a transferência não foi efetuada porque o hospital não tinha viaturas disponíveis. O próprio hospital terá impedido os bombeiros de Camarate de transportar o paciente.
O idoso, de 94 anos, com uma fratura no colo do fémur morreu à espera de assistência no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, esta segunda-feira, dia em que há relatos de cerca de 22 ambulâncias retidas no hospital devido ao elevado tempo de espera no atendimento e à falta de macas.
Segundo o canal da televisão pública, a direção executiva do SNS não comenta a situação e remete explicações para a administração do Hospital Beatriz Ângelo. A Renascença tentou já esclarecimentos da unidade hospitalar e dos bombeiros de Camarate, até ao momento sem sucesso.
Às 8h20 desta terça-feira, o tempo de espera na urgência do Hospital Beatriz Ângelo ultrapassava as quatro horas e o serviço encontrava-se encerrado a ambulâncias.
Segundo o portal de tempos médios de espera do Serviço Nacional de Saúde, os doentes com pulseira amarela - em situação considerada urgente -, tinham de aguardar 4h46 para serem atendidos na urgência do Hospital de Loures.