O antigo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, diz que a falta de guardas prisionais e a sobrelotação dos estabelecimentos prisionais pode conduzir a situações de fuga como a que se verificou no fim-de-semana no Estabelecimento Prisional de Caxias.
Em declarações à Renascença, num comentário a este caso, considera ser “prematuro dizer o que falhou antes do inquérito estar concluído”, mas lembra os crónicos problemas do sistema prisional.
“Há duas coisas que nós sabemos: a primeira é que há uma crónica sobrelotação dos estabelecimentos prisionais em Portugal; a segunda, sabemos também que existe uma crónica falta de elementos dos serviços prisionais, nomeadamente guardas prisionais”, descreve.
Rui Pereira acrescenta que “a mistura destes dois elementos é realmente explosiva e pode levar a situações de ruptura ou de fuga”.
Três reclusos, dois chilenos e um português fugiram na madrugada de domingo do Estabelecimento Prisional de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam.
A Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional diz que a evasão é fruto da "dramática falta de guardas prisionais".
Em comunicado, a Direcção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais informou que os evadidos são dois cidadãos chilenos, com 29 e 30 anos, e um português com 30 anos e que "se encontravam presos a aguardar julgamento por crimes de furto e roubo".
A fuga mereceu a instauração de um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspecção da Direcção Geral".