A redução para um turno diário na Autoeuropa em Setembro está a provocar ondas de choque no Parque Industrial de Palmela. A consequência desta alteração e da extinção dos dias de paragem (downdays) é a queda produção diária de carros dos actuais 460 para os 315 unidades. Os 1.600 trabalhadores dos fornecedores temem em resultado desta redução os postos de trabalho estejam em risco.
Os trabalhadores reuniram-se, esta quarta-feira, e o coordenador das comissões de trabalhadores do Parque Industrial de Palmela, Daniel Bernardino, diz que haverá luta contra um eventual aproveitamento das empresas para reduzir a força laboral. Na perspectiva dos representantes do trabalhadores, não há razão para isso.
“A Autoeuropa vai manter os níveis de produção [que estavam previstos no início do ano] pelo que as não faz sentido que as empresas se aproveitem da redução de turnos para a custa dos trabalhadores aumentarem os lucros e assim aumentarem os rendimentos que conseguem ter”, critica Bernardino.
Para suster os impactos desta situação, Daniel Bernardino anuncia que vão fazer “um pedido de audiência aos ministérios da Economia e do Trabalho para fazer arranjar uma solução que pode ser a qualificação destes trabalhadores”. O mesmo já aconteceu no passado em situações de redução da produção.
Na próxima semana vão haver várias reuniões com as empresas e os trabalhadores, mas Daniel Bernardino mostra-se preocupado por neste momento haver “empresas que ainda não falaram com os representantes dos trabalhadores”.
Os trabalhadores anunciam ainda em comunicado que em caso de" despedimentos, perda de direitos e regalias sociais" se recusarão a fazer qualquer trabalho extraordinário.