Muitas vezes, comparamos as instituições a indivíduos, atribuindo-lhes um significante humano, aparentemente real, mas que não passa de uma construção para, como numa analogia, podermos compreender como se criou, construiu e se mantém.
As instituições não são uma mera soma de pessoas, atos ou dias. As instituições só prevalecem devido a um propósito – enquanto esse propósito fizer sentido e for cumprido.
A Renascença está a assinalar 85 anos. Socorrendo-me da analogia, o que nos mantém vivos, o que nos permite prevalecer é a existência de um propósito muito claro: sermos um órgão de comunicação social que aspira sempre a qualidade, na informação e no entretenimento; apresentarmos uma leitura cristã da atualidade, na rádio ou no digital; termos como Norte uma única palavra – Verdade.
Com um propósito tão claro, a independência, isenção, respeito pela pluralidade e um olhar claro são a consequência – atributos que nunca terminam e se reconstruiram todos os dias ao longos dos 85 anos.
Ao olhar-se para tão longa idade, só podemos concluir que cada geração que aqui passou cumpriu o propósito. E é assim que chegamos a 2022 com uma série de números redondos: assinalamos os 85 anos da criação da Renascença, os 50 anos da criação dos “serviços noticiosos”, como na altura se designavam, os 25 anos do lançamento do site e os 15 anos do início da produção de vídeo/multimédia.
E tudo isto só foi, só é possível devido à audiência, que nos acompanha no mesmo propósito, e aos trabalhadores que todos os dias, ao longo dos anos, conceberam e produziram a Renascença nas suas várias plataformas.
Todos estão de parabéns e perduram na continuidade de um propósito, sabendo de antemão que esta é uma atividade de risco: todos os dias são o momento zero do nosso futuro.