O PSD acusou nesta quarta-feira o Governo de "falta de planeameno e de gestão" da pandemia e defendeu a revisão das normas da Direção-Geral de Saúde face ao grau de infecciosidade e da menor gravidade da variante Ómicron.
Em conferência de imprensa, no Porto, o coordenador nacional do Conselho Estratégico Nacional para a Saúde do PSD, António Araújo, disse ter "consciência de que, face ao elevado grau de infecciosidade da variante Ómicron e ao elevado número de testes que se tem realizado, é natural que haja um aumento de casos" de Covid-19, e afirmou-se "extremamente preocupado" com a "falta de planeamento e de gestão desta crise".
Reflexos disso são, apontou, "a falta de resposta de linha SNS 24", mas também as "normas de orientação que a linha tem dado aos cidadãos que a ela recorrem, endereçando muitos deles com sintomas muito ligeiros ou assintomáticos para os serviços de urgência, aumentando o número de falsas urgências e aumentando também a pressão nos serviços de urgência".
Para o PSD, "falta rever as normas de orientação da DGS face ao grau de infecciosidade desta variante e à falta de gravidade, na maior parte dos casos, que a infeção por esta variante condiciona".
António Araújo defendeu ainda a "capacitação em recursos humanos da linha SNS242", um processo que "tem de ser ágil".
O médico considerou que "a comunicação tem sido extremamente desleixada, levando a criar um pânico generalizado".
Nesse campo, disse acreditar que, "mais importante do que o número total de pessoas infetadas", é "saber o número de casos entre os não vacinados, para além do número de internamentos, internamentos nos cuidados intensivos e o número de mortos".
Na ótica do PSD, "o fulcro de combate a esta pandemia" é vacinar, e é preciso "testar e cumprir as normas de higiene".
"Esta mensagem não foi passada pelo Governo, o Governo tem passado mensagem de muito alarmismo, muito medo. Isso faz com que muita gente recorra às urgências", criticou.