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A PSP encerrou, entre Maio e Agosto, 815 estabelecimentos e dispersa 114 festas e ajuntamentos. Dados revelados à Renascença mostram que nestes quatro meses, 815 estabelecimentos fecharam portas por ilegalidades, por exemplo, no incumprimento de horário e do distanciamento exigido entre clientes e foram 114 as actividades suspensas.
Só durante este mês de agosto 23 estabelecimentos foram encerrados e três actividades ilegais suspensas, mas foi junho o mês com mais contraordenações: 98 estabelecimentos encerrados e 52 ajuntamentos dispersados.
A PSP e a GNR, ora nas cidades ora nos meios mais rurais, vigiam cumprimento do distanciamento social e regras de segurança determinadas para prevenir o covid 19. Festas, ajuntamentos e estabelecimentos a funcionar sem respeito pelas regras têm estado na mira das duas policias.
Através de patrulhas físicas ou de vigilância das redes sociais as autoridades têm estado atentas a festas e reuniões informais com presenças acima de 10 ou 20 pessoas, aquilo que a lei estabelece como ilegais.
A maioria do territorio português - 94% - é patrulhado pela GNR. Sem revelar para já dados muitos concretos o porta-voz, Helder Barros, explica que têm sido algumas as ocorrências relativas a ajuntamentos ilegais, as festas ou eventos não autorizados já levaram a mais de uma dezena de autos de contra ordenação no espaço de cerca de dois meses.
No entanto, o responsável acredita que a atuação desta polícia tem sido dissuasora. "Na esmagadora maioria dos casos a chegada da GNR faz com que as pessoas dispersem. Mesmo assim desde o dia 1 de julho até ao final de agosto foram passados 13 autos de contraordenação por incumprimento de celebração de eventos", diz, acrescentando: "Pontualmente, já aconteceu as ordens não serem logo acatadas e aí a GNR tem uma postura proporcional e ajustada aos comportamentos das pessoas."
Nas mãos da PSP, fica a restante actuação a nível nacional, neste caso mais nas àreas urbanas das grandes cidades e segundo os dados desta policia relativos a ajuntamentos e concentrações de pessoas.
Com mais 15 dias de férias escolares pela frente, o porta-voz da GNR deixa conselhos: "Que esta faixa mais jovem cumpra as normas em vigor, distancia social, etiqueta respiratória e use máscara, evitando também aglomerações". Esta policia promete manter-se no terreno "atenta a locais mais propensos a ajuntamentos e intensificando o policiamento de visibilidade".
Câmara de Caminha pediu reforço da GNR
Miguel Alves, autarca de Caminha, diz que a cidade tem recebido muita gente, até acima das espectativas. Perante a ausência de diversão nocturna têm sido muitos os jovens que procuram alternativas junto às zona de praia, lugares ermos e outras zonas para se juntarem de forma ilegal.
A Câmara Municipal de Caminha decidiu por isso avançar e tentar resolver este problema que tem impactos na saúde pública.
"Desde junho que a autarquia fez campanha para sensibilizar jovens e pais para não realizarem encontros destes e pagou à GNR para fazer patrulhas no centro histórico de Caminha. Pedimos reforço de meios de vigilância, mas não foi suficiente para acalmar este miudos que tomaram conta dos nossos montes e praias", sublinha o autarca. "Nas últimas duas semanas encontros combinados pelo whatsapp juntaram dezenas, ou diria melhor, centenas de miúdos e vi-me obrigado a solicitar maior empenho da GNR, responsabilizando não só as autoridades, como estes jovens que já sabem o que querem e os pais que também devem ser responsabilizados!", lembra Miguel Alves.
Com setembro à porta a espectativa é a de que a seguir a um verão atípico os jovens e famílias voltem às rotinas normais sem exageros e ajuntamentos.
Em Portimão, a Presidente da Câmara, Isilda Gomes admite que à semelhança do que tem acontecido no resto do país também ali se têm registado concentrações de jovens que, no entanto, têm vindo a diminuir graças à intervenção das autoridades policiais que aumentaram as patrulhas