A justiça francesa anunciou esta quinta-feira que vai prosseguir o inquérito que visa François Fillon, candidato da direita às presidenciais em França, suspeito de ter beneficiado a própria mulher com um emprego fictício.
"As investigações vão continuar", refere um comunicado da Procuradoria francesa, acrescentando que as provas ainda estão a ser recolhidas.
O relatório da polícia sobre o suposto emprego fictício de Penelope Fillon, casada com o candidato da direita francesa às presidenciais de 23 de Abril, foi enviado na quarta-feira para a Procuradoria.
O inquérito preliminar, com data de 25 de Janeiro, e que partiu de notícias publicadas na imprensa, indica que alegadamente foram utilizados fundos públicos na contratação fictícia de Penelope Fillon como assistente parlamentar do marido.
O caso afectou a popularidade de Fillon, que foi ultrapassado pela candidata da extrema-direita Marine Le Pen e pelo centrista Emmanuel Macron nas intenções de voto dos eleitores franceses.
Sondagem deixa Fillon fora da segunda volta
Numa sondagem divulgada a 6 de Fevereiro, François Fillon desce de 21% para 18,5% nas intenções de voto, de acordo com o barómetro do instituto IFOP.
Com 25,5%, Marine Le Pen sobe 1,5% e é apontada como vencedora da primeira volta. Emmanuel Macron garante o segundo lugar, com 20,5%, mais 0,5% em relação ao estudo anterior.
O candidato socialista Benoît Hamon perde terreno e não vai além dos 15,5%.