A adesão à greve dos professores, que começou esta segunda-feira, rondava, pelas 10h30, os 75%, de acordo com o sindicalista Mário Nogueira, porta-voz da plataforma de sindicatos que a convocou.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da Fenprof afirmou que ainda pode haver alguma variação na percentagem da adesão à greve durante o turno da tarde.
“Há muitas escolas fechadas, algumas deles secundárias, básicas e muitas escolas do primeiro ciclo e jardins de infância”, disse o sindicalista, dando como exemplos a escola do 1.º ciclo António Nobre, em Lisboa, e a Escola Básica e Jardim de Infância Os Templários, em Tomar.
Mário Nogueira explicou que estas escolas encerraram porque o número de professores que não fez greve era muito residual e não permitia o funcionamento dos estabelecimentos.
Para p dirigente da Fenporf, esta percentagem de adesão significa “um bom arranque, um excelente arranque do primeiro dia de greves que decorre até quinta-feira e que culmina, na sexta-feira, com uma manifestação no dia mundial dos professores”.
Os professores estão de greve para exigir que nove anos, quatro meses e dois dias de trabalho sejam contabilizados na progressão de carreira.
A greve foi convocada por 10 estruturas sindicais de professores no dia em que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esteve no parlamento, a pedido do PCP, para debater o arranque do ano letivo.
De acordo com a plataforma que reúne todos os sindicatos de professores, à exceção do recém-criado Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P), a greve deverá hoje afetar sobretudo as escolas dos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, e na terça-feira os distritos Portalegre, Évora, Beja e Faro.
No dia 3 de outubro, o protesto afetará Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco e no dia 4 Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.