Jaime Cancella de Abreu, sócio e comentador do Benfica, deixa em Bola Branca duras críticas à exibição da equipa de arbitragem do encontro entre FC Porto e Arouca, depois do clube da Luz já ter questionado o tempo extra dado pelo árbitro Miguel Nogueira.
“Ontem isto bateu no fundo. Já nem falo só dos [22] minutos de desconto, mas da pouca vergonha que é o arbitro andar por telemóvel a resolver um lance que é um penalti que toda a gente viu que não existia”, questiona.
Cancella de Abreu levanta ainda dúvidas quanto à “independência” dos órgãos que governam a arbitragem, após diversas polémicas em apenas quatros jornadas do campeonato.
“Esta pouca vergonha que se passa aqui com o VAR tem de acabar, porque eu não acredito na independência da Cidade do Futebol e acho que o condicionamento do trabalho do VAR desapareceria se ele fosse feito por pessoas fora de Portugal”, diz, à Renascença.
Como solução para os problemas que aponta, o sócio encarnado aponta à UEFA. Para resolver as questões relacionada com a videoarbitragem, Cancella de Abreu pede um esforço coletivo.
“Eu defendo que a UEFA tem de implementar um VAR pan-europeu. O VAR é feito à distância, com as novas tecnologias tanto faz estar na Cidade do Futebol como em Nyon ou em Estocolmo, como os “call centres” das empresas”, conclui.
FC Porto e Arouca empataram 1-1 no domingo, num jogo que teve arbitragem de Miguel Nogueira, apoiado por Rui Oliveira no VAR.
O jogo do Dragão ficou marcado por um episódio em que o árbitro reverteu um penálti para o FC Porto após receber indicações por telemóvel, devido a problemas no sistema de vídeoarbitragem.
“Alterar decisões via telefone não é o melhor caminho”, criticou Vítor Bruno, treinador adjunto do FC Porto, após o empate com o Arouca, a contar para a 4.ª jornada do campeonato.
O árbitro do FC Porto-Arouca, Miguel Nogueira, disse que tinha que “acreditar no VAR”, segundo o treinador dos arouquenses, Daniel Ramos.
"O árbitro chamou-nos e disse que estavam sem conexão para ver as imagens no campo, embora as imagens tivessem sido analisadas pelo VAR”, começou por adiantar o técnico.
“A indicação que tinha é de que não era penálti e tinha que acreditar no VAR. Disse que não era uma decisão fácil para ele, mas que iria seguir o VAR porque as imagens tinham sido analisadas na Cidade do Futebol", afirmou Daniel Ramos.