O Presidente da República rejeitou este domingo comentar a proposta do PSD para redução de impostos, mas alertou que o assunto é incontornável com a aproximação da discussão do Orçamento do Estado, ainda mais havendo eleições europeias em 2024.
"Não vou comentar posições partidárias, o que eu disse foi muito geral (...). Quando se avança para um Orçamento do Estado, que é já amanhã, por assim dizer, é evidente que um ponto sempre discutido e fundamental são os impostos. Quando se avança para uma eleição europeia -- e estamos a oito meses de uma -- um ponto inevitável a tratar são os impostos", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada a Varsóvia para uma visita de dois dias ao país que inclui um encontro com o homólogo polaco.
O chefe de Estado considerou que "não tem nada que intervir" no debate, que é entre partidos e na Assembleia da República, mas considerou que é necessário "olhar para o contexto de um país que tem muitas famílias com muitos apertos que subsistem" e de uma "situação internacional que está bastante indefinida".
O Presidente da República revelou que da auscultação que fez nas últimas semanas aos portugueses que encontrou pelas ruas, a inflação e os impostos, assim como o regresso ao período escolar, estão entre as preocupações principais.
"Veremos o que é que o Governo avança como proposta de Orçamento do Estado, veremos quais são as propostas das oposições nessa matéria", completou.