As médias dos exames nacionais baixaram na segunda fase em quase todas as disciplinas e em sete os resultados foram negativos, incluindo nas provas de Matemática A e Física e Química, segundo dados divulgados esta quinta-feira.
É habitual as médias descerem na segunda fase dos exames nacionais e este ano não foi exceção. Segundo os dados do Júri Nacional de Exames, os resultados foram piores na maioria das disciplinas.
Só duas contrariaram a tendência: os alunos que realizaram as provas de Espanhol e Literatura Portuguesa conseguiram melhorar a média da primeira fase, passando para os 15 e 10,8 valores, respetivamente.
No sentido oposto, sete disciplinas não só pioraram, como registaram classificações médias negativas, fazendo parte dessa lista duas das principais provas.
Já na primeira fase, as médias de Matemática A e Física e Química tinham piorado mais de três valores em relação ao ano anterior e agora voltaram a descer, caindo para menos de 9,5 valores. Os 8.918 alunos que repetiram o exame de Física e Química só conseguiram uma média de 8,8 valores e em Matemática A, a mais concorrida com 11.410 provas realizas, a média fixou-se nos 9,2.
As outras duas disciplinas de Matemática também não registaram classificações médias positivas (Matemática B teve 7,9 e Matemática Aplicada às Ciências Sociais 8,8), à semelhança do Francês (8,8) e, com apenas um e quatro alunos respetivamente, Latim (6,1) e Português Língua Segunda (8,6).
Com piores resultados na primeira fase em relação ao ano anterior, o número de alunos que tentaram melhorar a nota na segunda fase aumentou este ano. No total, foram realizadas 47.666 provas, mais seis mil e um aumento de 14,5%.
Além de Matemática A, as outras quatro disciplinas mais concorridas foram Biologia e Geologia, em que os 8.918 alunos que foram a exame conseguiram uma média de 9,9 valores, Física e Química (8.918 provas), Português (6.780 provas e média de 11,2) e Economia A (2.428 provas e média de 11,6).
"Na segunda fase, a avaliação da componente de produção e interação orais dos exames nacionais de línguas estrangeiras envolveu 1.124 avaliações da componente oral, das quais 969 a Inglês, 94 a Espanhol (iniciação), 25 a Espanhol (continuação), 22 a Francês e 14 na disciplina de Alemão", acrescenta o comunicado do ministério.
Este ano, os exames nacionais voltaram a não ser obrigatórios para concluir o ensino secundário, servindo apenas para melhorar a nota interna ou para o ingresso no ensino superior.
Os alunos que quiserem utilizar a nota da segunda fase para se candidatarem às universidades e politécnicos podem fazê-lo na segunda fase do concurso nacional de acesso, que decorre entre 27 de setembro e 08 de outubro.