A dirigente de "Os Verdes" Manuela Cunha afirmou que o economista Joseph Stiglitz, transmitiu uma mensagem de preocupação face à evolução da União Europeia, defendendo pressão para que a Alemanha aceite uma inversão do actual caminho.
Manuela Cunha falava aos jornalistas após ter estado reunida com o prémio Nobel da Economia de 2001, que almoçou esta terça-feira em São Bento com o primeiro-ministro, António Costa.
"Joseph Stiglitz mostrou-se muito apreensivo com a visão de médio e longo prazo da União Europeia, principalmente por responsabilidade da Alemanha. Considerou a regra do limite de 3% do pacto de estabilidade perfeitamente ridícula e defendeu a necessidade de pressão para que a Alemanha aceite inverter este rumo", referiu a dirigente ecologista.
Pela parte de "Os Verdes", Manuela Cunha disse que apresentou ao economista norte-americano alguns dos pontos do acordo político celebrado com o PS, designadamente em matérias como o fim das privatizações nos sectores da água e dos transportes, a aposta na ferrovia e a travagem do eucalipto.
"Mostrou-se muito interessado nas questões de desenvolvimento e ambiente. Tivemos uma conversa informal muito interessante", acrescentou a dirigente de "Os Verdes".
O economista norte-americano está em Lisboa e dedicou a manhã a encontros com os partidos da esquerda no Parlamento. Esta tarde será recebido pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.