Bernardo Silva assume tristeza pela saída de Fernando Santos da seleção nacional, depois da eliminação nos quartos de final do Mundial 2022, perante Marrocos.
Em entrevista ao "Record", publicada esta segunda-feira, o médio do Manchester City defende o agora ex-selecionador nacional, por quem tem "um sentimento de gratidão e muito carinho".
"Eu gosto muito de Fernando Santos, foi um treinador que me marcou muito, fico triste que tenha saído. Deu muito à nossa seleção, porque ganhou o Europeu e a Liga das Nações. (...) Acho que a Federação e ele decidiram que era o momento certo para se separarem. Não sei se é justo ou não. Acho que a seleção esteve bem neste Mundial. Tenho muita pena que tenha acabado assim", assume.
Bernardo acredita que a seleção ficará com as boas memórias de Fernando Santos e aprenderá com as desilusões. No final, fica a marca indelével de um selecionador querido dos jogadores.
"Dos 100 ou 200 jogadores que ele treinou, acho que quase, quase, quase todos saem com muito boa memória dele. Pode perguntar a qualquer pessoa, quase todos saímos com uma boa imagem e carinho muito grande pelo treinador", sublinha.
"Não foi estranho" ver CR7 no banco
Além da dececionante eliminação perante Marrocos, teoricamente inferior a Portugal, a campanha da seleção no Qatar fica marcada pelos casos com Cristiano Ronaldo.
Entre eles o facto de Fernando Santos o ter relegado ao banco a partir dos oitavos de final. Uma decisão que classificou como "estratégia" mas que surgiu depois de o selecionador ter admitido que não gostara "mesmo nada" das palavras do capitão ao ser substituído frente à Coreia do Sul, no último jogo da fase de grupos ("estavas com muita pressa para me tirar", conforme captaram as câmaras).
Bernardo Silva confessa que "não foi estranho" ver Cristiano Ronaldo como suplente e que os jogadores "já suspeitavam que pudesse acontecer", pelo que viam nos treinos.
"Entre nós falávamos 'será que, será que não?', porque os jogadores falam. Mas só soubemos a equipa no balneário quando chegámos chegámos ao estádio, duas horas antes do jogo", conta.
Bernardo assume que Cristiano Ronaldo, internacional desde os 17 anos e quase sempre titular, ser suplente na seleção fosse "uma novidade" e "motivo para falar muito".
"Mas são 26 jogadores, muitos para o treinador escolher para cada jogo específico. A mim, nunca me choca que decida por um ou por outro. Certo ou errado na opinião de cada um, o treinador tem o direito de tomar as decisões que toma", realça.