Foram encontradas as primeiras provas de que será possível “curar” o buraco na camada do ozono na Antártida, segundo um estudo divulgado na revista “Science”.
O processo iniciou-se em Setembro de 2000 e terminou em Setembro de 2015. Os investigadores concluíram que o problema ambiental poderá estar em vias de resolução. Segundo os dados recolhidos, o buraco diminuiu cerca de quatro milhões de quilómetros quadrados – uma área maior do que a Índia.
Esta recuperação deve-se ao Protocolo de Montreal, definido em 1987. Os objectivos eram proibir o uso de CFC, os problemáticos clorofluorcarbonetos, que levavam à deterioração da camada do ozono.
Estes gases têm uma capacidade de sobrevivência de 50 a 100 anos, por isso ainda têm influência na camada do ozono.
Em declarações ao jornal “The Guardian”, a co-autora do estudo, Susan Solomon, adianta que na observação de Setembro do ano passado confirmou-se a redução do buraco na camada de ozono.
“Foi muito bom vê-lo finalmente a fechar. Os produtos químicos vão lentamente deteriorando-se ao longo do tempo”, explica.
No entanto, segundo os investigadores, a “cura” completa não deverá acontecer antes de 2050 ou 2060.
Segundo Susan Solomon, é ”importante olhar para o problema do ozono e fazer com que os países se unam e procurem encontrar soluções”.
Para além disso, o estudo faz referência ao impacto das erupções vulcânicas. Em 2015 a erupção do Calbuco, no Chile, interrompeu a recuperação da camada do ozono registada até à data.
O cancro de pele é uma das doenças mais preocupantes do século, a recuperação da camada do ozono vai permitir combater o número de incidências da doença.
A ONU estima que dois milhões de casos de cancro de pele por ano poderiam ser evitados da eliminação dos CFC.