Se a venda do Novo Banco aos chineses da Fosun falhar, o Banco de Portugal vai negociar com os norte-americanos da Apollo, o terceiro melhor classificado. Ao que a Renascença apurou, o supervisor quer esgotar todas as possibilidades de venda do Novo Banco e o processo de venda não será suspenso sem que todos os candidatos seja ouvidos.
Em causa está a alienação do banco com fortes perdas para o Fundo de Resolução, na ordem dos 2,9 mil milhões de euros, se as propostas não melhorarem.
A informação cirucla numa altura em que o "Financial Times" garante que as negociações quer com a Fosun quer com a Apollo já falharam e que o banco central decidiu adiar a venda do Novo Banco.
O calendário eleitoral é um factor de pressão neste momento, quanto mais não seja pela contestação que tem gerado à forma como está a ser conduzido o processo. No entanto, este concurso tem apenas uma data e um prazo - a venda tem de estar concluída em dois anos.
Na última comunicação que foi feita, o supervisor prometeu que seriam divulgadas oportunamente mais informações sobre as negociações. Resta saber se será a venda do Novo banco ou a abertura de um novo concurso (antes ou depois das eleições).
A 3 de Agosto do ano passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado 'banco mau' (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição, que foi designado Novo Banco.
[notícia actualizada às 14h21]