O novo presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, assume como seu o plano deixado pela administração de António Domingues.
“Há um compromisso já estabelecido. Não faz é sentido que as sucessivas administrações estejam sempre a alterar os compromissos do Estado português”, defendeu esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas.
“Trata-se de um compromisso do Estado português por algo maior que é a solidez da Caixa, mantendo a sua liderança”, sublinhou.
Paulo Macedo assumiu funções no dia 1 de Fevereiro e confessa ser cedo para garantir se os cinco mil milhões de recapitalização são suficientes, mas mostra-se confiante.
“Parece-me um plano bastante robusto. Parece-me, sobretudo, que é um plano que já foi aprovado, submetido, divulgado, partilhado com diversos ‘take holders’ e nesse sentido estamos convencidos de que é um bom plano para a Caixa”, afirmou durante a visita a um balcão do banco que agora dirige.
O antigo ministro da Saúde assume a liderança da Caixa numa altura em que decorre a comissão de inquérito parlamentar à gestão do banco, que viu aprovado pelo tribunal o acesso a vários documentos. Mas a Caixa contesta esta decisão, “que não lhe pareceu adequada”.
“Não há qualquer recusa. Há um recurso de acordo com o que está previsto na lei para defender aquilo que, não só a Caixa mas também os reguladores, entendem o que deve ser a reserva”, explicou Paulo Macedo.
O novo presidente da comissão executiva da Caixa, no cargo há dois dias, foi esta sexta-feira de manhã foi a uma agência do banco (em Lisboa, nas Amoreiras) para falar com os trabalhadores.
Foi a primeira aparição pública depois de assumir funções.