O diretor da Polícia Judiciária (PJ) declarou, esta quarta-feira, o apoio aos profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR), que estão desde segunda-feira em protesto por melhores condições salariais e de trabalho.
Luís Neves admitiu aos jornalistas que os polícias e militares precisam de melhores condições de trabalho, afirmando-se “absolutamente solidário com todas as causas que levam a que haja melhores condições salariais e condições de atratividade” para que os profissionais da PSP e da GNR “possam desempenhar a sua missão com todas as condições e, sobretudo, com dignidade”.
“Não é aceitável que jovens que vêm para Lisboa trabalhar tenham que despender uma parte substancial, mais de 50% do seu salário, para poderem cumprir a sua missão”, declarou Luís Neves.
Os polícias começaram, esta segunda-feira, um protesto por melhores condições salariais e de trabalho. As ações foram despoletadas por um movimento inorgânico que surgiu dentro da PSP contra o subsídio de risco atribuído pelo Governo apenas à Polícia Judiciária.
Desde o final da tarde de segunda-feira que vários carros de patrulha da PSP, nomeadamente no Comando Metropolitano de Lisboa, estão parados. Os polícias alegam que as viaturas estão inoperacionais e com várias avarias.
O protesto conta com uma concentração frente à Assembleia da República, onde também estão presentes membros da GNR e elementos da guarda prisional – que também não foram contemplados pelo subsídio de risco atribuído à PJ.
A PSP e a GNR marcaram um novo protesto nacional para 31 de janeiro.