O futebolista português Daniel Candeias relata, em entrevista a Bola Branca, a experiência que vive na Turquia, horas depois do violento sismo que assolou o país.
Apesar de não estar no epicentro do terramoto, o avançado do Alanyaspor garante que o abalo não lhe passou ao lado.
"Senti durante a noite e acordei para tentar sair de casa, se aquilo continuasse. Felizmente, não sucedeu nada mais de grave. De manhã, ao ver as notícias, é que me deparei com o que tinha acontecido. É angustiante, porque temos companheiros, e portugueses, nas cidades mais afetadas. Alguns ficaram sem as suas casas. É um bocado angustiante aquilo que se está a viver aqui na Turquia", admite.
Candeias já contactou com um dos jogadores portugueses mais atingidos, o ex-Sporting Rúben Ribeiro, que representa o Hatayspor, tal como o cabo-verdiano Zé Luís, ex-Gil Vicente, Braga e FC Porto.
"Falei com o Rúben, porque temos alguma ligação, e fiquei preocupado por ele. Também perguntei pelo Zé Luís e ele disse-me que estavam bem. O que já me deixou mais tranquilo", revela.
Daniel Candeias conta, por outro lado, que conhece muito bem um dos desaparecidos, o diretor desportivo do Hatayspor.
"Fiquei angustiado com aquilo que se passa com os outros jogadores e com o diretor desportivo, do Hatayspor, que por acaso foi o meu diretor desportivo na minha primeira passagem pelo Alanya. E é sempre mau quando acontece isso a pessoas próximas", finaliza o extremo.
Um dos desaparecidos nos escombros do sismo que abalou Turquia e Síria é o internacional ganês Christian Atsu, antigo jogador de FC Porto e Rio Ave, que atualmente representa o Hatayspor.
O mais recente balanço dá conta de mais de 2.600 vítimas mortais, entre Turquia e Síria, na sequência do tremor de terra. Estimativas dos EUA, confirmadas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, apontam que o número de mortes pode chegar às 10 mil.
Daniel Candeias, de 34 anos, passou por FC Porto, Portimonense, Nacional, Nuremberga, Metz, Granada ou Rangers, além de ter feito parte dos quadros do Benfica