Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), assegurou esta segunda-feira aos jornalistas que os serviços mínimos relativos à greve dos motoristas têm sido cumpridos. De acordo com o porta-voz, as indicações contrárias do Governo só podem ter uma explicação: a expetativa de que aqueles profissionais cumprissem um horário de trabalho de “14 ou 15 horas”, muito acima do estipulado.
“Estas pessoas cumpriram os serviços mínimos. Fizeram simplesmente o seu horário de trabalho de oito horas, não fizeram as 14 ou 15 que costumam fazer. Por aqui se vê como são extremamente mal remuneradas. Fazem essas horas em troca do salário mínimo e depois mais algum dinheiro por baixo da mesa”, declarou.
Pardal Henriques sublinhou várias vezes que esses serviços têm sido cumpridos apesar de os profissionais estarem “contrariados” e que os que o quiseram recusar foram “intimidados”.
“Vejo a requisição civil como mais um ataque ao direito à greve. A requisição civil não irá seguramente violar os direitos das pessoas fazerem as oito horas de trabalho. Estas pessoas já fizeram quase o dobro do limite trabalho suplementar, estão todas acima das 400 horas. Dizer que têm de fazer mais de oito horas é dizer que têm de cometer um crime”, frisou.
Relativamente às alegações de que a ANTRAM (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) teria tentado subornar motoristas para furar a paralisação, o porta-voz dos motoristas assegurou “estar a reunir provas” que irão ser entregues “em sede própria”.
Para terminar com a greve, diz o responsável, basta “chamar as partes para fazer um acordo que agrade a ambas”: “Assim que quiserem negociar e apresentar uma proposta decente terei o maior prazer em anunciar o fim desta greve”.
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