Economia, energia e saúde. Estas são as três prioridades enunciadas por Liz Truss, no seu primeiro discurso como primeira-ministra britânica, à porta do n.º 10 da Downing Street, em que declarou: "juntos podemos enfrentar a tempestade".
Apesar da fama da pontualidade britânica, Liz Truss apenas discursou uma hora depois do que era esperado. Diante da sua nova residência oficial, a primeira-ministra assumiu de imediato a necessidade de resposta à crise económica e social atual, motivada pela "terrível guerra russa".
"Agora é a altura de derrubar os obstáculos que estão a travar o Reino Unido. Não será fácil, mas conseguiremos fazê-lo", admite Liz Truss. Um dos objetivos principais da nova chefe do executivo passa pela "redução das despesas das famílias".
Desse modo, a primeira das três prioridades enunciadas passa pela redução da carga fiscal. "Tenho um plano determinado para o crescimento da economia através da redução de impostos e reformas, para recompensar o trabalho e motivar o crescimento e investimento das empresas".
Perante a "crise energética causada pela guerra de Putin", Liz Truss promete que o novo Governo do Reino Unido irá "pôr mãos à obra para ter a certeza de que as pessoas não enfrentam faturas de energia insustentáveis". "Esta semana, irei tomar medidas sobre as faturas e para assegurar o futuro fornecimento de energia".
Por último, a primeira-ministra britânica colocou a tónica no sistema nacional de saúde: "Garantirei que as pessoas conseguem ter as consultas e os serviços do NHS [National Health System] de que precisam. Irei construir uma base sólida para os nossos serviços de saúde".
"Ao focar na economia, na energia e na saúde, iremos colocar a nossa nação num caminho de sucesso a longo prazo", sublinha Liz Truss.
A primeira-ministra mostra-se "determinada" e confia na força dos britânicos para ultrapassar as adversidades: "Nós temos enormes reservas de talento, energia e determinação. Estou confiante que, juntos, vamos ultrapassar a tempestade e reconstruir a nossa economia".
Liz Truss deixa ainda algumas palavras de apreço ao seu antecessor, Boris Johnson, que "enfrentou o Brexit, a Covid-19 e a agressão russa". "A história irá vê-lo como um primeiro-ministro importante".