A greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, esta segunda-feira, está a ter “uma forte adesão”, segundo os dados do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde, Diagnóstico e Terapêutica.
“Uma forte adesão a rondar os 90%”, avança Luís Dupont, presidente do sindicado, à Renascença.
“Dentro das instituições não é homogéneo, porque somos várias profissionais, mas temos grandes serviços com adesões a 100%”, como é o caso da imagiologia do Hospital de S. José, em Lisboa, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e o Centro Hospitalar do Algarve.
“Cumprem-se apenas os serviços mínimos”, refere o sindicalista, frisando que “tudo o que seja urgência está garantido”, incluindo algumas cirurgias oncológicas.
A paralisação foi convocada pelos quatro sindicatos que representam os cerca de 10 mil profissionais que asseguram, entre outras coisas, as análises clínicas, a radiologia e a fisioterapia no Serviço Nacional de Saúde. A classe exige a regularização da carreira e queixa-se que as propostas do Governo “ficam muito aquém daquilo que são as reivindicações dos trabalhadores”.
“Estamos há quase um ano num processo negocial que resulta da publicação de novas carreiras, mas que necessita de regulamentação e ainda negociação de matérias fundamentais como a tabela salarial e a transição para essa nova tabela salarial”, afirma Luís Dupont.
"O que nos faz estar em protesto é o facto de este processo negocial não ver o seu fim", diz ainda.
Além da greve de 24 horas, estes trabalhadores vão manifestar-se em Lisboa. A concentração está marcada para as 14h00 no Marquês de Pombal, seguida de desfile até ao Parlamento.