Joseph Blatter vai declarar, esta quinta-feira, ante o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), de Lausanne, e confia que o tribunal aceitará o seu apelo, anulando a sanção de seis anos afastado do futebol, imposta pela FIFA.
"Os juízes do TAS não têm de decidir nada a meu favor, mas sim em favor da justiça. E eu não fiz nada errado", declarou o ex-presidente da FIFA, em declarações à agência "DPA".
O dirigente suíço, de 80 anos, foi sancionado pelo comité de ética da FIFA em oito anos de suspensão, durante os quais estaria afastado de toda a actividade relacionada com o futebol. Contudo, o comité de apelo reduziu a pena para seis anos.
A sanção advém de um pagamento dúbio de dois milhões de francos suíços (2,07 milhões de dólares) que Blatter autorizou, para Michel Platini, em 2011, altura em que o francês já era presidente da UEFA e Blatter lutava pela sua reeleição à frente da FIFA. Os dois ex-dirigentes defendem que o pagamento foi remuneração por um trabalho de assessoria, que o francês realizou para a FIFA, entre 1998 e 2002.
"Sou um homem positivo. Vou com confiança ao mais alto tribunal desportivo, que foi criado pelas federações desportivas como um órgão independente", afirmou Blatter, que dirigiu a FIFA entre 1998 e 2015, sobre o TAS.
Ainda assim, as hipóteses de ser dada razão a Blatter são diminutas. Platini, que também foi sancionado pela FIFA, apelou perante o TAS e conseguiu apenas que a sua pena fosse reduzida para quatro anos.
A 2 de Junho de 2015, Blatter anunciou a sua saída da presidência da FIFA, dias depois de vários homens da sua confiança terem sido detidos, num hotel em Zurique, acusados de corrupção. Fianni Infantino foi eleito novo presidente da FIFA, em Fevereiro de 2016.