O antigo secretário de Estado da Energia Artur Trindade foi constituído arguido no caso EDP.
A informação foi avançada por Artur Trindade, depois de ter sido ouvido esta quarta-feira pelo juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa.
"Sim sim, como arguido", foi desta forma que o ex-secretário de Estado da Energia respondeu aos jornalistas que o aguardavam à porta do TCIC.
Artur Trindade é arguido por suspeita de corrupção passiva, por alegadamente ter favorecido a EDP em troca de benesses para si e para o seu pai.
O ex-secretário de Estado da Energia vai ser formalmente ouvido na sexta-feira para ficar a conhecer as medidas de coação.
A 13 de julho, a EDP também foi constituída arguida no âmbito do caso das chamadas rendas excessivas.
Segundo o Ministério Público, a elétrica terá proposto o nome do ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade para a presidência do OMIP em troca de benefícios na criação do regime dos CMEC.
Em causa estão alegados benefícios de 1,2 mil milhões de euros.
Também no âmbito do processo das rendas excessivas, o presidente da EDP, António Mexia, e o presidente da EDP renováveis, Manso Neto, foram suspensos de funções, como medida de coação aplicada pelo juiz Carlos Alexandre.