O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, disse, esta terça-feira, que a qualidade do ar em 2017 foi semelhante à do ano anterior, apesar dos incêndios florestais, que libertam partículas para a atmosfera, mas as emissões de gases com efeito de estufa aumentaram.
"2017 foi muito semelhante a 2016, sabendo nós que 2017 teve um risco muito maior de pioria da qualidade do ar que resulta dos incêndios e das partículas que se espalham na atmosfera", disse o ministro, à margem da sessão de apresentação do Relatório do Estado do Ambiente (REA) de 2017, realizada no âmbito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala hoje.
De acordo com os dados do REA, no ano passado, a classe predominante do Índice de Qualidade do Ar (IQAr) foi "Bom", mas verificou-se uma redução na percentagem de dias com classificação "Muito Bom" e "Bom", com menos 4% face a 2016.
As emissões atmosféricas "cresceram e não podiam deixar de crescer", já que foi um ano de seca, e a produção de energia a partir de energias renováveis diminuiu, sendo "inevitável que se utilizassem outras fontes de energia" para obter eletricidade, sublinho o ministro do Ambiente.