O Bloco de Esquerda (BE) e o PAN levam para a reunião plenária desta terça-feira, na Assembleia da República, uma petição para a criação de legislação para proibir as corridas de galgos em Portugal.
A proposta do PAN exige a pena de prisão até dois anos ou multa para os infratores. De acordo com o projeto dos animalistas, nas corridas os cães são submetidos a choques elétricos através de coleiras eletrificados. “Para melhorar a performance dos cães são lhes administradas substâncias como efedrina, arsénico, estricnina e, às vezes, cocaína", lê-se.
"Estas substâncias provocam a curto prazo doenças renais, hepáticas, cardíacas, dermatológicas, odontológicas e, em 98% dos casos, patologias do foro psicológico", realça o PAN.
Já o BE realça que em Portugal "em vários casos, as corridas de galgos decorrem sem qualquer licença e sem as mínimas estruturas de apoio à assistência e aos animais”.
Esta não é a primeira tentativa de abolir as corridas ilegais de cães. Para além desta iniciativa, o PAN e o Bloco voltaram a reforçar o fim da caça com recurso a matilhas que foi chumbado em 2017.
A Cruz Vermelha anunciou na passada segunda-feira que retirou apoio a corrida de galgos. A decisão, comunicada através do Facebook, é consequência da polémica e pressão nas redes sociais.
A Cruz Vermelha defende que, sendo esta uma entidade “humanitária não-governamental, de carácter voluntário e interesse público”, deliberou a não participação “na iniciativa ‘Corrida de Galgos’ anunciada para o próximo dia 13 de julho, em Vila do Conde”.
Em Portugal, existem seis pistas para corridas de galgos.