A defesa do sucateiro Manuel Godinho, arguido no processo “Face Oculta”, vai recorrer do agravamento das medidas de coacção.
O Tribunal de Aveiro considera que há risco de fuga do arguido e que, por isso, este deve não só entregar o passaporte como apresentar-se com regularidade às autoridades.
O advogado Artur Marques considera que as medidas de coacção já estão em excesso de prazo.
“Discordo em absoluto e vou, obviamente, interpor recurso. Estas medidas de coacção já foram declaradas extintas noutro processo por excesso de prazo. Não podem ser aplicadas”, disse.
A terceira condenação de Manuel Godinho por corrupção, conhecida esta quinta-feira, valeu-lhe o agravamento das medidas de coacção.
O Ministério Público considera que "existe o seríssimo perigo de o arguido se radicar no Brasil e ali permanecer o tempo necessário à aquisição da nacionalidade brasileira", para assim fugir ao cumprimento das penas a que já foi condenado.
Manuel Godinho já foi condenado em três processos, sempre por corrupção. As penas somadas totalizam já 21,5 anos de prisão efectiva.