Rodeado por autarcas e comandos, foi em São Domingos de Benfica que Carlos Moedas inaugurou esta sexta-feira uma placa comemorativa do 25 de novembro.
Na inscrição pode ler-se as palavras "Liberdade, democracia e tolerância". A bandeira de Portugal cobria o apontamento, e foi retirada pelo presidente da Câmara de Lisboa de um lado, e pelo presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, José da Câmara, do outro.
À margem, Carlos Moedas sublinhou que "sem o 25 de novembro, o 25 de abril teria sido muito diferente" e, em declarações à Renascença, destacou o que considera ser uma data "crucial" por ajudar o país a não esquecer a história.
"Se não fosse o 25 de novembro, teríamos passado de uma ditadura de direita, para uma ditadura de esquerda", afirma o presidente da Câmara de Lisboa e antigo comissário europeu. Moedas diz que é preciso "reconhecer" o papel deste dia para a consolidação da democracia portuguesa.
Tentando partir as paredes ideológicas que orbitam em torno deste dia, Carlos Moedas invocou nomes de todo o espectro político que "evitaram que Portugal entrasse numa nova ditadura" e contribuíram para o 25 de novembro: "Sá Carneiro, Freitas do Amaral, mas também Mário Soares".
Classificando como "essencial" este dia, o líder da autarquia lisboeta recorda que em 1975 "o caos estava a formar-se" e que o país "estava a caminhar para uma ditadura de esquerda". No arranque da cerimónia, Moedas lamentou que as "figuras da esquerda moderada" não estivessem presentes para celebrar a data.
No parque Bensaúde, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa foi acompanhado pelo presidente da Junta de São Domingos de Benfica e fadista, José da Câmara, pelo diretor coronel da Associação Nacional de Comandos, Vítor Manuel Duarte. Também a celebrar o dia, três comandos marcaram presença. Vinham fardados e com a boina vermelho vivo, que caracteriza esta força especial das Forças Armadas.