O PAN reuniu-se esta segunda-feira com o Governo, para discutir o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), O partido exige maior justiça fiscal para as famílias portuguesas, nomeadamente para a classe média.
“Defendemos a recuperação de rendimentos das famílias portuguesas, a revisão dos escalões de IRS”, afirmou a líder do PAN, Inês Sousa Real, no final do encontro.
O PAN disse ao Governo que, para dar luz verde ao OE2022, é preciso “garantir a trajetória de recuperação do salário mínimo nacional e do emprego, mas também do ordenado médio, numa rota que tem sido deixada para trás em relação a classe média”.
“O país está num momento socioeconómico muito fragilizado, apesar das projeções do Governo para o próximo ano e a aposta que faz para a recuperação por via do consumo. Essa é uma visão diferente da do PAN. O PAN defende que devem existir não só ferramentas como a do escalão do IRS, entre outras, que garantam não só uma maior justiça fiscal para as famílias, mas também uma maior resiliência dos setores onde vamos investir”, declarou Inês Sousa Real.
O partido considera que Portugal não pode apostar tudo em setores como o Turismo, que a pandemia demonstrou que é bastante vulnerável a “impactos externos”.
“Para o PAN é importante garantir a aposta da empregabilidade nos empregos verdes, na descarbonização, transição energética, a par de revisitarmos matérias como as carreiras dos auxiliares de saúde, dos intérpretes de língua gestual ou dos subsídios de risco em matéria dos turnos das patrulhas”, sublinha Inês Sousa Real.
O Orçamento do Estado para 2022 deve garantir uma aposta na "empregabilidade verde, criando postos de trabalho na área da recuperação das florestas, e na recuperação ambiental".
O PAN quer um OE2022 alinhado com os objetivos da "Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, bem como como a proteção ambiental".
"Estamos a nove anos do ponto de não retorno. Este Orçamento é fundamental para garantir não só a retoma económica do país, mas que efetivamente temos medidas concretas que nos permitam isso. A par de uma matéria que nos é muito cara, que é a proteção animal", frisou.
Inês Sousa Real aguarda pela continuação das reuniões e espera que o Governo "se aproxime das exigências" do PAN.