A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) volta a atribuir responsabilidades ao Governo. Em causa está a diminuição do atendimento nas urgências hospitalares nos últimos meses, uma quebra de 15% em novembro e de 9% em outubro, em comparação com 2022.
Segundo dados do SNS, regista-se uma diminuição progressiva do atendimento desde setembro, altura em que os médicos começaram a entregar escusas ao trabalho extraordinário além das 150 horas obrigatórias.
Joana Bordalo e Sá diz que o Ministério da Saúde escolheu não resolver os problemas do SNS.
“Isto é da inteira responsabilidade deste Governo que fez uma escolha”, diz.
Segundo Joana Bordalo e Sá, o Governo “escolheu não resolver a situação do conflito com os médicos quando tinha orçamento para isso, mas não teve vontade política para o fazer”
“O Governo, este ministério, ainda liderado pelo doutor Manuel Pizarro, tem que assumir todas as consequências e todas as responsabilidades, porque é da sua responsabilidade deixar o Serviço Nacional de Saúde neste estado”, acrescenta.
Já esta manhã, em declarações à Renascença, o bastonário da Ordem dos Médicos, mostrou-se preocupado com as consequências da redução do atendimento no futuro, mais precisamente, “o impacto que isso vai ter em muitas patologias e muitos doentes que não foram adequadamente tratados”.
Carlos Cortes revelou que estão a chegar à Ordem relatos de “doentes que não se dirigiram ao serviço de urgência e agravaram a sua doença, muitas vezes casos que já não se viam há muito tempo”.