A União Europeia (UE) aprovou sanções contra o grupo russo de mercenários Wagner, a organização paramilitar que combate ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, foi este sábado anunciado.
O grupo Wagner, liderado por Yevgeniy Prigozhin, está na mira da UE por “atropelos aos direitos humanos”.
Além da Ucrânia, a organização paramilitar está presente noutros cenários de conflito, como a República Centro-Africana, o Sudão ou o Mali.
“As atividades do grupo Wagner são uma ameaça para os povos dos países onde opera e para a União Europeia. Coloca em causa a segurança e paz internacional, porque não operam ao abrigo da lei”, declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
As sanções agora aprovadas pela UE visam indivíduos e entidades relacionadas com o grupo de mercenários, que são suspeitos de violação de direitos humanos.
Na lista de sanções constam dois comandantes das forças do grupo Wagner “ativamente envolvidos na captura da cidade de Soledar na Ucrânia, em janeiro de 2023”, o chefe do grupo Wagner no Mali, “onde os mercenários estiveram envolvidos em atos de violência e múltiplas violações dos direitos humanos , incluindo execuções extrajudiciais, bem como vários membros importantes do grupo na República Centro-Africana”, refere o comunicado do Conselho Europeu.
Em janeiro deste ano, os Estados Unidos já tinham designado o grupo paramilitar russo Wagner como uma organização criminosa internacional.
Congelamento de bens e proibição de viajar no espaço europeu são algumas das restrições aplicadas.
A União Europeia já tinha aprovado na sexta-feira o 10.º pacote de sanções contra a Rússia. O reforço das sanções recebeu luz verde no dia em que se cumpriu um ano desde o início da invasão russa da Ucrânia.
As medidas contra a Rússia incluem mais limitações às exportações e medidas contra instituições que apoiam a guerra e espalham propaganda.