Federico Klein, um assessor contratado por Donald Trump quando este era Presidente dos Estados Unidos, foi detido esta sexta-feira por ter participado na insurreição no Capitólio, no passado dia 6 de Janeiro. É o primeiro membro da ex-administração Trump a ser formalmente detido por ligações ao ataque.
Segundo noticiou o site Politico, Klein – que foi nomeado por Trump para o Departamento de Estado em 2016 - foi detido no estado da Virgínia. O FBI terá encontrado o antigo assessor através de fotografias e imagens de videovigilância do dia do ataque.
Num dos vídeos usados pelas autoridades para identificar Federico Klein, recolhido através de uma body cam usada por um polícia do Capitólio, é possível ver Klein a atirar um escudo policial contra as autoridades e a pedir “reforços” aos apoiantes do antigo Presidente. “Precisamos de pessoas frescas!”, repetiu e gritou o assessor.
O Washington Post noticia que Klein tinha acesso a informação secreta graças à sua posição no Departamento de Estado e fazia parte da campanha presidencial de Trump quando este ainda era candidato.
Na sequência do ataque ao Capitólio, já foram acusadas mais de 300 pessoas por todos os Estados Unidos. Algumas pessoas foram detidas por delitos menores, como entrar num espaço não autorizado, enquanto vários foram detidos por obstrução de justiça e por tentativa de homicídio.
Apesar de Donald Trump ter sido ilibado das acusações que o apontavam como responsável direto pelo ataque ao Capitólio (o edifício onde se reúnem os dois órgãos legislativos do país, a Câmara dos Representantes e o Senado), a detenção de Federico Klein volta a colocar dúvidas quanto às ligações diretas entre o Presidente e os presentes na invasão.
A insurreição do dia 6 de janeiro provocou cinco mortes (incluindo um polícia do Capitólio) e dezenas de feridos, além de estragos ao edifício. Donald Trump foi julgado no Senado pelo crime de “incitação à insurreição”, tendo sido ilibado pela minoria republicana.
Foi apenas a segunda vez na história que um Presidente americano foi alvo de um processo de ‘impeachment’ duas vezes.