O Governo anunciou um alívio das medidas Covid-19, após a reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira. A ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva anunciou que o teletrabalho deixa de ser recomendado e só os casos positivos é que têm obrigatoriedade de ficar em isolamento, os contactos considerados de alto risco deixar de ter de ficar em isolamento.
O Governo decidiu ainda acabar com a apresentação de certificado digital, salvo no controlo de fronteiras.
O teste negativo também deixa de ser exigido para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas, permanecendo a ser necessário para visita a lares e unidades de saúde, salvo tenha certificado de recuperação ou dose de reforço da vacina.
Termina ainda a limitação de clientes no interior de espaços comerciais.
O uso da máscara não sofre alteração, continuando a ser obrigatório nos locais onde atualmente ainda é exigido, nomeadamente, nas salas de aula, nas salas de espetáculo ou nos recintos desportivos ao ar livre.
As medidas deverão entrar em vigor "nos próximos dias", após promulgação do Presidente da República e publicação em Diário da República.
As restrições que ainda vão permanecer só devem ser levantadas quando Portugal atingir um indicador de 20 mortos por milhão de habitantes a 14 dias. Atualmente Portugal regista 63 mortos por milhão de mil habitantes. Segundo reveou a ministra Mariana Vieira da Silva, os especialistas prevêem que a meta de 20 óbitos seja alcançada dentro de cinco semanas.
O Governo segue assim em grande parte as indicações feitas pelos especialista na reunião do Infarmed de quarta-feira.
"Este é um momento muito importante. Estamos perante mais um passo para o regresso a uma vida normal", declarou a ministra de Estado e da Presidência, deixando, no entanto, logo a seguir, um aviso.
"Mas este não é o momento para se dizer que a pandemia acabou. Continuamos perante o risco relativo ao aparecimento de novas variantes do vírus e há alguma incerteza sobre a longevidade da proteção de imunidade conferida pelas vacinas" contra a Covid-19, declarou.