Foram recolhidas 120 toneladas de resíduos produzidos durante a Jornada Mundial da Juventude, na parte do Parque Tejo-Trancão pertencente a Loures, informou a autarquia do distrito de Lisboa em comunicado.
A designada “operação especial de limpeza do recinto” de 75 hectares foi concluída esta quinta-feira, um dia antes do previsto, “apesar da extensão da área e da tonelagem dos detritos” ser considerável, adiantou fonte do gabinete da Presidência da Câmara de Loures à Renascença.
Em Lisboa, a limpeza da “extensão localizada no concelho de Lisboa, foi concluída na segunda-feira, dia 7 de agosto” informou a autarquia, em resposta por escrito a perguntas da Renascença.
A quantidade de resíduos recolhidos, neste caso, ainda é desconhecida. “A Direção Municipal da Higiene Urbana está ainda a fazer um apuramento das toneladas de resíduos produzidos durante a semana da JMJ”, refere a mesma fonte.
Com a conclusão da limpeza, passa de novo a ser possível a organização de eventos no Parque Tejo-Trancão.
Loures anunciou esta quinta-feira a realização, naquele local, da Semana Académica de Lisboa, nos dias 22 e 23, 28, 29 e 30 de setembro.
Fonte do gabinete da Presidência avança, no entanto, que o passadiço que vai fazer parte do Parque “só vai inaugurado daqui a umas semanas”. Deste modo, “a fruição é possível mas [o espaço] não está formalmente inaugurado”.
Lisboa contrata 300 trabalhadores temporários
Para a realização dos trabalhos de remoção do lixo, as duas autarquias recorreram à contratualização externa, mas em proporções distintas.
A operação no terreno da Câmara Municipal de Lisboa envolveu 2 mil trabalhadores, dos quais 1500 da Higiene Urbana da CML e 300 “temporários” cuja contratação foi feita através da Talenter, uma empresa de trabalho temporário.
A aquisição de serviços foi realizada para um período de 19 dias, entre 24 julho e 11 de agosto para “assegurar a preparação, formação e limpeza urbana da cidade, antes, durante e após os eventos”, informa a autarquia. O preços dos serviços adquiridos rondou os 500 mil euros.
Já no caso de Loures, o município recorreu essencialmente a recursos próprios, à excepção de um alguma maquinaria. A “intervenção foi executada por uma centena de trabalhadores da Câmara Municipal de Loures e dos Serviços Intermunicipalizados, apoiados por diversos meios mecânicos”, fundamentais para a retirada e transporte dos grandes fluxos de detritos, diz a autarquia.
A Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela contribuiu com uma retrosescavadora. Adicionalmente, foram "contratualizados externamente" algumas "retroescavadoras e uma máquina giratória", esclarece a autarquia.