Têm entre 19 e 57 anos e foram detidos por suspeita da prática de abusos sexuais a crianças. Os indivíduos pertencem a todo o território australiano (menos o Norte) e a sua detenção decorre de uma operação nacional levada a cabo pela polícia federal australiana.
Os suspeitos são profissionais de várias áreas, como construção, transportes, hotelaria e até na área judicial.
Alguns, além da prática de abusos, são acusados de produzir seu próprio material online. Aliás, quando foram detidos, estavam em posse de material produzido por um outro homem preso pela polícia federal em 2015, no âmbito da Operação Niro, que resultou no desmantelamento de uma organização internacional de pedófilos.
Para partilharem as imagens dos abusos, os suspeitos usavam uma plataforma de armazenamento em nuvem, que a polícia descreveu como "a mais abominável produzida".
Enfrentam agora 350 acusações de porte de material de exploração e abuso infantil.
Dos 44 detidos, 11 foram presos em Queensland, oito em New South Wales, 11 em Victoria, nove no South Australia, dois na Tasmânia, um no Território da Capital Australiana e dois na Austrália Ocidental.
Crianças resgatadas
Durante a operação policial foram “resgatadas do perigo” 16 crianças. Identificar as vítimas é “uma corrida contra o tempo”, diz o comissário Reece Kershaw.
“Pixel a pixel, nossos investigadores procuram cuidadosamente por pistas e nunca desistem. E as ferramentas que usam permitem à polícia australiana ter acesso a tecnologia de ponta”, acrescenta.
"Ver, distribuir ou produzir material de exploração infantil é crime. As crianças não são mercadorias”, sublinhou, garantindo que “a polícia federal australiana e suas agências parceiras trabalham 24 horas por dia para identificar e processar os infratores”.
Entre julho de 2019 e junho de 2020 foram resgatadas 134 crianças na Austrália, incluindo 67 de nacionalidade estrangeira.
A investigação vai continuar.