O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quinta-feira, a manutenção inalteradas das taxas diretoras pela segunda vez consecutiva. O BCE diz ainda que não há discussões sobre cortes.
O conselho de governadores decidiu não mexer em nenhuma das três taxas de juro de referência, em linha com a Reserva Federal norte americana e com o Banco de Inglaterra. Era também uma decisão já antecipada pelo mercado.
Depois de 10 subidas, a taxa de depósitos mantém-se assim nos 4%, um valor recorde, a principal taxa de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa de cedência de liquidez permanece em 4,75%.
As taxas que não mudam são: a taxa de juro de depósitos, a taxa de operações de refinanciamento e a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez.
A inflação nos países do euro já caiu cerca de metade, ainda assim, Christine Lagarde diz que ainda pode voltar a subir. Só em 2025 deverá aproximar-se do objectivo de 2%.
“Hoje o Conselho de governadores decidiu manter as três taxas de juro diretoras do BCE inalteradas. Embora a inflação tenha descido nos últimos meses, é provável que volte a subir, temporariamente, no curto prazo. De acordo com as últimas projeções para a área do euro, dos especialistas do Eurosistema, a inflação deverá descer gradualmente durante o próximo ano, antes de se aproximar do nosso objetivo de 2% em 2025”, disse Lagarde.
O BCE espera uma inflação de 2,1% em 2025 e 1,9% só em 2026.
Para já, a presidente da autoridade monetária diz que as decisões vão continuar a basear-se nos dados e serão tomadas reunião a reunião. Esta quinta feira a descida dos juros não entrou sequer na discussão.
“Não discutimos de todo cortes nas taxas de juro. Não houve discussão ou debate sobre este tema”, assumiu.