A diretora-geral da Saúde garante que haverá um reforço dos hospitais pediátricos de Lisboa para responder à época da gripe e ao esperado aumento da procura devido ao encerramento da urgência pediátrica do Garcia de Orta.
“Exatamente. Do Garcia de Orta e do inverno. Obviamente, o inverno é sempre uma altura em que há reforço no atendimento e, portanto, estão os serviços a programar-se, a reorganizar-se para dar resposta a fluxos de doentes que podem ser diferentes do habitual”, avançou Graça Freitas esta sexta-feira, na Renascença.
A notícia chega depois de a ministra da Saúde ter anunciado, na quinta-feira, que a urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta também vai encerrar durante a semana já a partir de segunda-feira
Marta Temido avançou de seguida que o horário de duas unidades de saúde será, por isso, alargado.
"Este será um funcionamento de contingência e complementar ao encerramento no período das 20h00 às 8h00 da urgência pediátrica do Garcia de Orta", afirmou numa conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa.
Mais pessoas, mais demora
Convidada do programa As Três da Manhã nesta sexta-feira, a diretora-geral da Saúde alertou para o facto de, mesmo com reforço de meios nos hospitais – pediátricos e não só – “muito mais gente implicar demora no atendimento para as situações menos graves”.
“Nos dias de grande afluxo, o que fica garantido é que as pessoas que têm doença mesmo grave são atendidas muito rapidamente. É para isso que há uma triagem, para distinguir os graves e os muito graves, que são atendidos logo, e depois os menos graves poderão ter um tempo de espera maior do que é habitual”, afirma Graça Freitas.
Gripe. Mais de 840 mil pessoas já se vacinaram
Num balanço do plano de vacinação contra a gripe, cujo período de vacinação começou há um mês, Graça Freitas avança que, até quinta-feira (ontem), foram vacinadas 840 mil pessoas – mais 40 mil do que em igual período do ano passado.
“E também temos a vacinação nas farmácias” e “ainda cerca de 100 mil doses distribuídas para os lares e instituições que têm pessoas em permanência, para os serviços prisionais”, acrescenta.
“Portanto, se a estas 840 mil juntarmos essas 100 mil, quase que estamos a atingir um milhão de doses”, conclui a diretora-geral da Saúde.