Já se escutaram muitas críticas no conselho nacional do PSD que, esta terça-feira, aprovou as listas de candidatos a deputados às legislativas de janeiro.
Ao início da noite, um dos conselheiros dizia à Renascença que “uma limpeza de nomes”, e contraponto um dos elementos da direção do PSD falava em “provocação” das distritais ao indicarem determinados nomes e esquecerem outros.
Paulo Rangel, que perdeu as directas para Rui Rio, veio ao conselho nacional dizer que “Rui Rio disse que abriu a porta para criar um clima de equilíbrio de unidade no partido, mas não fez qualquer esforço nesse sentido” concluindo que “não há diversidade no PSD”.
Outra voz crítica é de Cristóvão Norte, o líder da distrital de faro que há dois anos liderava a lista no distrito, desta vez ficou de fora.
Na reunião do conselho nacional que decorreu em Évora disse que “as listas são um elogio a subserviência e uma homenagem à mediocridade” concluindo esperar que a actual liderança não faça um governo assim.
Nas listas aprovadas pela direcção do partido não estão os líderes das distritais de Faro, Viseu, Porto, Guarda e Coimbra, todos eles apoiaram Paulo Rangel na corrida à liderança.
Pelo contrário os mais próximos de Rui Rio estão nos primeiros lugares da lista, por exemplo em Lisboa, e de acordo com os nomes a que a Renascença teve acesso, para além de Ricardo Batista Leite que é primeiro da lista, seguem-se José Silvano, secretário Geral do partido, Isabel Meireles, da direcção e em quarto lugar Joaquim Sarmento, o economista que é presidente do conselho estratégico nacional.
Apesar destas críticas, Rui Rio garantia, antes da reunião, aos jornalistas que “não há qualquer limpeza étnica, há clarificações”, estão diversas etnias na lista, é multicultural” garantia ao inicio da noite.
O líder do PSD explicou ainda que a ideia é fazer também uma renovação das listas “há deputados que já estão há muitos anos no parlamento, mas não em todos, mas traço comum há renovação e manutenção de alguma novidade” referiu Rui Rio depois da reunião da comissão politica nacional que aprovou as listas de candidatos a deputados.