O Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) garante que o acesso ao Citius está blindado.
Em comunicado, o IGFEJ, entidade responsável pela gestão do sistema informático Citius, refere que este sistema está dotado de mecanismos de segurança que "permitem a identificação de potenciais situações de abuso ou fraude".
O instituto garante também que o acesso à informação que consta do Citius é restrito e limitado, com níveis de permissão diferenciados, dispondo de registos de auditoria interna. "O acesso aos processos judiciais que são tramitados através do Citius obedece a regras estritas em que apenas os oficiais de justiça da secção do processo, as partes (quando existam) e os respetivos magistrados poderão ter acesso", lê-se.
"Não existem entidades externas ao sistema judicial com permissão ou credenciais de acesso", sublinha a nota do IGFEJ.
Neste comunicado, IGFEJ confirma que tem vindo a cooperar, desde outubro de 2017, com o Ministério Público e a Polícia Judiciária, na investigação de factos.
"O Citius está dotado de mecanismos de segurança que permitem a identificação de potenciais situações de abuso ou fraude, como demonstra a presente investigação", remata o texto.
Este esclarecimento surge depois da justiça e do Citius terem sido envolvidos no caso e-toupeira, em que, alegadamente, funcionários da justiça terão tido acesso a processos judiciais que remetiam para Paulo Gonçalves, assessor jurídico e "braço direito" do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.